Tangará da Serra inicia oficinas para construção do Diagnóstico Social e Situacional do município
Processo participativo, desenvolvido em parceria com a Unemat, terá duração de 15 meses e vai subsidiar o planejamento e a execução de ações voltadas às reais demandas sociais da cidade
Por Guilherme Lustig - estagiário de Jornalismo
18/12/2025
Iniciou-se nesta terça-feira, 16 de dezembro, a primeira oficina para a elaboração do Diagnóstico Social e Situacional do município. A iniciativa marca o começo de um processo que, ao longo de 15 meses, irá orientar o planejamento e a execução de políticas públicas locais, a partir de um levantamento estratégico da realidade social.
O diagnóstico está sendo construído em parceria com a Universidade do Estado de Mato Grosso (Unemat), por meio da Fundação Fapen, com a participação ativa da sociedade civil e diversos órgãos ligados a prefeitura. A proposta é unir dados técnicos e diálogo direto com a população, para compreender as reais necessidades e demandas dos principais segmentos vulnerabilizados da população tangaraense, crianças e adolescentes, mulheres, pessoas idosas, pessoas com deficiência, população em situação de rua e em situação de trabalho infantil.
Durante o processo serão realizadas oficinas em diferentes etapas, com o objetivo de promover a troca de conhecimentos, o fortalecimento de habilidades institucionais e a ampliação da participação social. Esses encontros serão abertos à população e abordarão temas essenciais para a compreensão das metas e dos caminhos à construção e elaboração do diagnóstico situacional do município.
Mais do que reunir dados estatísticos, o estudo busca ouvir os segmentos sociais em situação de vulnerabilidade sobre suas vivências e desafios cotidianos. A partir dessa escuta qualificada, o diagnóstico pretende contribuir para ações públicas mais eficientes e eficazes, ampliando o acesso aos serviços e promovendo a melhoria da qualidade de vida em Tangará da Serra.
Segundo a coordenadora do projeto, professora Aparecida de Fátima Alves Lima, da Unemat, o trabalho inclui a análise dos instrumentos públicos já existentes, como planos municipais, com foco em sua execução e efetividade. “Após esse levantamento, vamos a campo ouvir as pessoas. Queremos compreender o alcance dessas políticas, se elas atendem às necessidades reais da população e quem, de fato, está sendo beneficiado”, explicou.
A proposta possibilita ampla participação social, especialmente profissionais e entidades que integram as redes socioassistenciais locais, pessoas com 18 anos ou mais, que integram ou representam os segmentos populacionais priorizados no diagnóstico e atores envolvidos no enfrentamento ao trabalho infantil. “Trata-se de um estudo aprofundado, que busca dar mais precisão a elaboração e a execução de políticas públicas futuras”, destacou a professora.
A primeira oficina marca o início do trabalho prático, com a definição de diretrizes que irão nortear a condução do diagnóstico. Para a primeira-dama de Tangará da Serra, gestora do Gabinete de Políticas Públicas para Mulheres (GPPM) e conselheira no Conselho Municipal dos Direitos da mulher (CMDM), Silvana Masson, a iniciativa atende a uma necessidade concreta do município.
“A prefeitura, juntamente com o GPPM, identificou a importância de realizar um diagnóstico social e situacional. Esses dados serão fundamentais para aprimorar as políticas públicas já existentes e ampliar a cobertura e o acesso à comunidade, assim como dar sustentação para novas políticas públicas que de fato atenderão a população”, afirmou.
Equipe técnica - O trabalho será desenvolvido por uma equipe técnica formada pela Unemat por meio da Fundação Fapen entre outros colaboradores, composta por professores, pesquisadores, estudantes e técnicos, garantindo rigor científico e experiência na área das ciências sociais.

Foto: Alexandre Cardozo.
De acordo com o responsável técnico, o professo Raimundo Nonato da Cunha França, esta foi a primeira de cinco oficinas previstas. “As instituições parceiras poderão contribuir com diferentes olhares sobre a realidade do município. Além dos dados estatísticos, essa discussão qualificada nos permitirá ter uma compreensão mais aprofundada do contexto local”, ressaltou.
As oficinas serão certificadas pela Unemat, totalizando 60 horas de formação. A programação das próximas quatro oficinas, estão previstas para serem retomadas a partir de fevereiro de 2026. O cronograma será divulgado para que a comunidade possa acompanhar e participar de todo o processo de construção do diagnóstico. Entre os temas que serão discutidos, destaca-se o conceito de políticas públicas, o papel do diagnóstico social, a leitura de dados estatísticos e sua relação com a realidade de Tangará da Serra.
Assessoria de Comunicação - Unemat
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